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Vacinação para cães e gatos deve ocorrer em 23 de outubro, mas decisão é dos prefeitos

Sem um calendário nacional de vacinação antirrábica, cães e gatos no Espírito Santo poderão ser vacinados pelas prefeituras em 23 de outubro, mas a decisão agora é dos prefeitos e não mais do governo federal ou do Estado

Sem a campanha nacional de vacinação antirrábica, Sesa define dia 23 de outubro como dia D, mas decisão é dos prefeitos

O governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acabou com a campanha nacional de vacinação antirrábica para cães e gatos, que tradicionalmente era realizada em setembro. Em resposta ao questionamento deste portal de notícias, GrafittiNews, o Ministério da Saúde informou que não haverá mais um calendário nacional de vacinação contra a raiva em gatos e cachorros e que a data será definida pelas administrações municipais. A campanha nacional foi criada em governos anteriores para evitar a proliferação da raiva na população, uma vez que a raiva desses animais é contagiosa.

A Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou que promoveu a distribuição das doses para a Campanha de Vacinação Antirrábica junto aos 78 municípios capixabas em agosto último. “Com isso, algumas cidades iniciaram a imunização dos animais, principalmente nas regiões rurais, com equipes específicas. A Sesa ressalta que o dia D de vacinação em todo Estado ocorrerá no próximo dia 23 de outubro. As estratégias de vacinação serão desenvolvidas pelos municípios. Com relação a campanha de 2020, foram registrados 459.800 cães vacinados e 99.735 gatos no Estado”, disse a Sesa em nota.

Em 2019 não houve vacinação antirrábica na maioria dos municípios do Espírito Santo, com exceção de Santa Leopoldina, Viana, Serra e Vila Velha. Naquele ano, os demais municípios da região da Grande Vitória não vacinaram, como foi o caso de Vitória. No ano passado houve vacinação em datas diferentes, entre setembro e outubro, mas Vitória, mais uma vez, não promoveu a vacinação. Após críticas, a capital do Espírito Santo realizou a vacinação antirrábica no final de novembro.

Em 2020 algumas prefeituras não vacinaram

O próprio Ministério da Saúde, em resposta ao GrafittiNews lembrou que no ano passado algumas prefeituras não aplicaram a vacinação. Na Grande Vitória a vacinação antirrábica foi realizada, no ano passado, nos dias 24 e 25 de outubro e 31 de outubro e 1º de novembro, ambos em um sábado e domingo apenas em Cariacica e em Vila Velha. A Prefeitura de Vitória ignorou a vacinação dos demais municípios e somente decidiu fazer a aplicação um mês depois, em novembro.

O Ministério da Saúde lembrou da importância da vacinação, como forma de se prevenir e deixou o seguinte recado. “Os cães e os gatos costumam ser muito amigáveis, mas quando se irritam ou se assustam podem morder. Respeite-os e aprenda a conviver com eles. Somente assim, o contato será seguro e responsável. Não importune, não maltrate, não mate os animais. E não esqueça que eles devem ser vacinados contra a raiva todos os anos. Atenção! É preciso respeitar os animais. São poucos os que podem estar infectados com o vírus da raiva. Lembre-se que maltratar animais é crime. (Art. 32 da Lei nº 9.605/1998). Criar animais silvestres em cativeiro coloca em risco a saúde das pessoas e também é crime. (Art. 29 da Lei nº 9.605/1998).

CPI dos Maus-Tratos contra Animais em ação no município de Aracruz nesta semana | Foto: Assessoria de Imprensa da CPI

CPI dos Maus-Tratos Conta os Animais

No início desta semana, a CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais da Assembleia Legislativa do Espírito Santo Ales) realizou diligência no município de Aracruz, juntamente com a Secretaria de Meio Ambiente e a Polícia Ambiental, para apurar denúncia de que uma moradora mantinha 30 animais em condições insalubres.

Na residência foram encontrados 81 cães, sendo 16 filhotes entre machos e fêmeas. Os animais estavam em um ambiente limpo, com água e comida. De acordo com os médicos veterinários Vicente Vizioli e Keila Rangel Bitti, os animais não estavam doentes e não foi constatado maus-tratos. A proprietária apresentou cerca de 30 cartões de vacinação entre eles, de animais que já tinham morrido.

A CPI orientou a tutora a doar alguns animais, para poder dar a atenção devida aos cães em sua residência, evitando o acúmulo de animais. Acompanharam na diligência o coordenador municipal de Meio Ambiente de Aracruz, Lucas Lima, as fiscais da prefeitura Camila Couto e Bruna Fracalossi, o sargento Santos e o soldado Ericksen. Segundo os integrantes da CPI, presidida pela deputada estadual Janete de Sá: *Felizmente nem todas as denúncias que recebemos se comprova maus-tratos.

A CPI dos Maus-Tratos Contra os Animais atua em todos os municípios capixabas e as denúncias devem ser encaminhadas pelo seguinte e-mail: defesadosanimaises@gmail.com