O vereador bolsonarista de Vitória, Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da federal (Patriota), voltou a promover confusão com agressões verbais nesta última quarta-feira (24) e de dentro do plenário da Câmara de Vitória. Os professores da rede de ensino municipal foram á Câmara para fazer um desagravo das ofensas feitas pelo empresário do ensino particular, o dono da Fucape Business School, Arildemo Teixeira, que desqualificou os professores e as escolas públicas municipais. Ao entrar na Câmara foram mau recebidos pelo bolsonarista
O empresário, que é um dublê de político, ocupa por esta última condição o cargo político de secretário municipal da Fazenda de Vitória. No início desta semana Aridelmo foi ao legislativo municipal para falar sobre os recursos que serão aplicados pela Prefeitura de Vitória (PMV) no ano que vem, dentro do que preconiza a Lei Orçamentária Anual (LOA). Na oportunidade, o empresário do ensino particular fez deboche aos vereadores de oposição e ofendeu os professores, dizendo que o ensino público municipal é de “péssima qualidade” e é “um lixo”.
Outros vereadores apoiaram os professores
Diante disso e da reforma da Previdência empreenda pela atual gestão da PMV, aprovada em janeiro último, os professores foram ao legislativo da cidade para protestar. O vereador Luiz Emanuel Zouain (Cidadania), que é da base aliada do atual prefeito na Câmara, recebeu bem os professores e disse que ele, sua esposa e sua mãe são educadores e que apoia a manifestação. Luiz Emanuel chegou a pedir que a PMV, que vem se recusando a dialogar, abra um canal de diálogo e atenda os professores. O vereador do Cidadania ainda criticou as ofensas feitas pelo empresário da educação e dono da Fucape Business School. Os professores foram apoiados ainda pelas vereadoras Camila Valadão (Psol) e Karla Coser (PT)
Já agrediu verbalmente vereadora e professora
O vereador Aloizio Varejão (PSB) foi outro que saudou os professores que acessaram o interior do legislativo municipal. No entanto, acostumado às agressões verbais às vereadoras Camila Valadão e Karla Coser, jornalistas e professores em geral, como já fez com a professora Rafaella Machado, da Escola Estadual de Ensino Médio Professor Renato Pacheco, em Jardim Camburi e, recentemente, com a vice-governadora do Espírito Santo Jacqueline Moraes (PSB), o vereador bolsonarista Gilvan voltou a usar o seu palavreado ofensivo.
Inicialmente, o bolsonarista começou ofendendo o diretor executivo do Grupo Professores Associados pela Democracia de Vitória (PAD-Vix), Aguinaldo Rocha de Souza, que acompanhava a manifestação. “Esse militante do PT aí, Aguinaldo, não era nem para entrar para entrar na Câmara”, afirmou o bolsonarista, que foi vaiado imediatamente. O carioca Gilvan não é de Vitória e nem do Espírito Santo, é um carioca que veio para o Estado a trabalho e na última eleição conseguiu se eleger com apenas 1.560 votos em uma cidade, segundo estimativa do IBGE para este ano tem 369.534 pessoas. Ou seja, representa 0,422153321% da população da capital, menos de meio por cento.
Desqualificar o ensino público em favor escolas particulares
“Mas dizer que a educação da nossa cidade é de péssima qualidade é uma desonestidade. Não vamos aceitar que esse argumento de dizer que é ruim, que é péssimo para trazer uma solução milagrosa, como por exemplo a ampliação do privado na rede pública da nossa cidade”, disse a vereadora Camila Valadão.
“Aliás, muitos fazem isso detona o público como péssimo e, depois, privatiza, cria espaço privado para se apresentar como solução da nossa rede”, disse a vereadora Camila Valadão. Então, quero refutar esse argumento e dizer que a educação de nossa cidade não é de péssima qualidade”, completou a vereadora do Psol.