O ato ido prefeito Lorenzo Pazolini não foi explicado por ele, que nem se justificou se é contra a vacina para Covid-19 e Fora Bolsonaro. Para moradores do Centro Histórico de Vitória a decisão do prefeito foi político-ideológica
O vereador bolsonarista de Vitória, o carioca Gilvan Aguiar Costa, vulgo Gilvan da Federal (Patriotas), conseguiu impor ao delegado da Polícia Civil licenciado e prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), que atendeu ao desejo de Gilavan e e mandou retirar duas inocentes faixas que pediam “Vacina para todos já ” e “Fora Bolsonaro”. O radical vereador de extrema direita na Câmara de Vereadores da capital enviou o ofício gab 63/2021 à Prefeitura no dia 17 de maio alegando que haviam “faixas irregulares com dizeres de viés político-ideológico de forma afrontosa à autoridade do presidente da República”.
Sem questionar a legalidade ou legalidade de impor a vontade de um bolsonarista contra faixas que pedem vacina ou que simplesmente pede Fora Bolsonaro, em uma propriedade particular, o prefeito-delegado mandou arrancar as faixas. Para moradores do Centro a atitude do prefeito foi ideológica, já que as faixas expressavam a vontade popular. O prédio em questão é o antigo Hotel Imperial, localizado nas esquinas da Praça Costa Pereira com as Ruas Sete de Setembro e Graciano Neves, no Centro Histórico de Vitória.
Adquirido em 2019 por um militante de esquerda, que mora no exterior, o antigo hotel terá uso como um espaço político e cultura. A sacada do prédio, inclusive, foi utilizada em outubro de 2019 para a realização do Festival Lula Livre, após a gestão do ex-prefeito Luciano Rezende, contrário à liberdade do ex-presidente Lula, retirou a licença para a realização do evento na Praça Costa Pereira, bem em frente ao prédio.
Pazolini não se explicou
De acordo com um dos membros do conselho que administra o futuro espaço político-cultural, o ex-deputado estadual Perly Cipriano (PT), Pazolini deu um prazo de 24 horas para retirar as faixas “Vacina para todos já ” e “Fora Bolsonaro”. Pazolini, além de ameaçar com uma multa de R$ 92 mil, não justificou à imprensa o seu motivo ideológico e nem disse se é contra a vacinação para se proteger do Covid-19 e nem disse se ficou abalado com o pedido “Fora Bolsonaro”.
oficio-gilvan-1O conselho gestor está contatando advogados para avaliar a arbitrariedade do delegado-prefeito em se submeter a um desejo de um vereador bolsorista. Para Cipriano a atitude de Pazolini é um atentado à liberdade de expressão. As faixas estavam em uma propriedade privada a expressavam o desejo a maioria da população, que é a vacinação ampla contra o Covid-19 e a retirada imediata de Bolsonaro da presidência da República.
O projeto, que revolta os bolsonaristas, é transformar o antigo Hotel Imperador em um centro de cultura e de articulação para os movimentos sociais capixabas, A proposta, alem de dar visibilidade aos movimentos sociais,ainda terá uma biblioteca comunitária e trará, como contribuição, a valorização imobiliária para o Centro de Vitória, que está abandonado na gestão do delegado-prefeito.