Vídeo do falecido ex-governador do Rio Grande do Sul e do Rio de Janeiro, Leonel de Moura Brizola, gravado em outubro de 2002, onde ele pede votos para o candidato Luiz Inácio Lula da Silva, voltou a circular nas redes sociais devido a sua atualidade com o momento em que vive o Brasil. É onde Brizola diz: “Vou acompanhar o Lula me sentindo sumamente honrado e engrandecido”, inicia.
“Sabe o porquê? Porque o meu chefe e inspirador estivesse vivendo neste momento as mesmas circunstâncias em que eu estou, e em me refiro ao velho Getúlio (Vargas) ele diria, nas mesmas circunstâncias em que eu estou, ponha lá o meu nome ao lado de Lula. Eu vou com ele, porque para mim será uma honra eleger um trabalhador presidente da República. E olha companheiros, nós vamos ganhar. Escreva o que eu estou dizendo”, continuou Brizola no vídeo de 20 anos atrás.
“Vamos em frente e vamos vencer”, diz Brizola no vídeo
“O povo brasileiro, de Norte a Sul e de Leste a Oeste está com raiva desse governo, exatamente como disse o (João Pedro) Stédile (dirigente nacional do MST naquela ocasião) naquela famosa entrevista que ele deu. O povo brasileiro está com raiva. O povo brasileiro está desejoso, ardentemente, em poder cobrar tudo isso com seu voto. Vamos em frente e vamos vencer. Isto está em nós. Depende de nós. Vamos juntos e vamos vencer”, conclui e, no vídeo, abraça Lula.
Em 2002, Brizola vinha apoiando o então candidato a Presidência Ciro Gomes, que era do PPS (atual Cidadania), mas na reta final da campanha decidiu mudar e passou a dar apoio a Lula, na disputa contra o então candidato José Serra (PSDB). Recentemente, o próprio Lula lembrou desse apoio em comício realizado no Rio de Janeiro e disse: “Ser Leonal Brizola estivesse aqui, estaria do nosso lado
Caso ainda estivesse vivo, Brizola teria 100 anos de idade, completados em 22 de janeiro. Brizola nasceu em Carazinho, no distrito rural de São Bento, no Noroeste do Rio Grande do Sul. Após ter sido eleito deputado estadual (1947), deputado federal (1954), prefeito de Porto Alegre (1956) e governador gaúcho (1958), mudou-se em 1962 para o Rio de Janeiro. Após ter ficado exilado durante a ditadura militar, elegeu-se governador do Rio em 1982. Faleceu, em 2004, aos 82 anos, vítima de um infarto agudo do miocárdio.