O ato faz parte da “Marcha Global por Gaza”, com manifestações em várias cidades brasileiras e do mundo

Será realizado nesta segunda-feira (16), a partir das 18 horas, em frente à Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales), o ato público internacional Marcha Global por Gaza, que tem como mote Pelo fim do Genocídio na Palestina. A manifestação é organizada por manifestantes, além de partidos políticos e organizações de esquerda, que defendem a Palestina Livre e que pedem ao Governo brasileiro o rompimento de relações com Israel, país agressor do povo palestino.
No convite distribuído nas redes sociais, os cidadãos capixabas são convidados a comparecer e há a seguinte informação: “Desde março, quando rompeu o cessar-fogo, “Israel” intensificou sua política de extermínio contra o povo palestino: bloqueia a ajuda humanitária, corta água e comida, assassina civis. Gaza tornou-se um campo de concentração, onde a limpeza étnica e o genocídio acontecem diante do mundo.”
E prossegue: “O mais recente crime foi o sequestro de ativistas da Flotilha da Liberdade em águas internacionais. A maioria segue presa por se recusar a assinar documentos ilegais impostos por “israel” — entre eles, o brasileiro Thiago Ávila. O governo brasileiro precisa agir. Está na hora de ir além dos discursos: Lula deve romper imediatamente todas as relações com ‘Israell’”.
No convite ainda consta as seguintes palavras de ordem: “Pelo fim do genocídio na Palestina!. Pelo rompimento das relações com “Israel”! Pela liberdade dos ativistas da flotilha!”. No entanto, às 8 horas desta manhã de segunda-feira (16), o Adalah, que é o Centro Jurídico para os direitos das minorias árabes em Israel, emitiu o seguinte comunicado sobre os três ativistas sequestrados por Israel em águas internacionais a bordo do veleiro Madleen, operado pela Coalizão Freedom Flotilla (Flotilha da Liberdade), que tinha como objetivo levar ajuda humanitária à Gaza.
“Atualização Adalah – 16 de junho de 2025, 14: 00, Horário de Jerusalém
Voluntários da flotilha da Liberdade chegam à fronteira da Jordânia e se encontram com representantes da Embaixada
Os três voluntários da frota da Liberdade — Marco van Rennes (Países Baixos), Pascal Maurieras (França) e Yanis Mhamdi (França)— foram libertados da custódia israelita e chegaram esta tarde à fronteira com a Jordânia. Antes da travessia, encontraram-se com a advogada de Adalah, Lubna Tuma, e com a advogada Afnan Khalifa.”
Estão agora a caminho de se encontrarem com representantes das (suas respectivas embaixadas. Estão em curso acordos para a sua estadia na Jordânia antes da sua viagem para os seus países de origem.”
Manifestações
Nesta último domingo (15) a Marcha Global por Gaza, que está sendo realizada em diversas cidades brasileiras e no mundo, com o mote Pelo fim do Genocídio na Palestina, reuniu milhares de pessoas. Neste último final de semana a Marcha ocorreu em inúmeras capitais brasileiras, como São Paulo, Porto Alegre e no Rio de Janeiro. No exterior inúmeros países, como a Inglaterra, França, Egito, Bélgica, Iêmen, Indonésia, Chile, entre outros. No sábado, o Cristo Redentor, no Rio de Janeiro, teve a sua base coberta com uma imensa faixa em amarelo, com letras cinzas escrito a seguinte frase no idioma inglês: “Stop the Genocide in Gaza.”
Neste último domingo, a manifestação condenando o genocídio promovido por Israel em Gaza, contou com a presença do ativista brasileiro Thiago Ávila, que entre os 12 ativistas sequestrados por Israel em águas internacionais, ficou juntamente com oito presos de forma ilegal pelo governo israelense, inclusive em cela solitária em uma prisão que ele chamou de “imunda.”

ONU exige de Israel cessar fogo em Gaza
Na última quinta-feira (12), a Assembleia Geral da ONU aprovou com 149 votos a favor uma resolução que exige cessar-fogo imediato, incondicional e permanente em Gaza, bem como a libertação de todos os reféns sequestrados pelo Hamas em 7 de outubro de 2023. O texto, introduzido pela Espanha, em parceria com o Estado da Palestina e outros 23 Estados-membros, recebeu 12 votos contrários e 19 abstenções.
A resolução condena veementemente “o uso da fome” como arma de guerra e pede o fim do bloqueio humanitário de Israel. A 10ª Sessão Especial de Emergência foi retomada depois que o Conselho de Segurança rejeitou uma resolução, em 4 de junho, que também pedia um cessar-fogo. Antes da votação, o representante permanente do Estado Observador da Palestina, Riyad Mansour, enfatizou que Israel continua desrespeitando as resoluções da ONU e o direito internacional humanitário
Declarada pela ONU emergência em Gaza
Na semana passada, a ONU divulgou à imprensa internacional o seguinte comunicado: “A situação de emergência em Gaza está se agravando e a população vive “níveis de desespero sem precedentes”, segundo o Escritório da ONU para Coordenação de Assuntos Humanitários, Ocha. A agência afirma que muitos habitantes estão tendo que arriscar a vida em busca de comida. Cada vez mais as pessoas estão sendo feridas e mortas em postos distribuição não geridos pela ONU.”
E completou: “Desde o final de maio, a distribuição de ajuda em Gaza é feita por Israel e pelos Estados Unidos, de forma independente das agências da ONU e seus parceiros.O Comitê Internacional da Cruz Vermelha relatou que 29 vítimas chegaram ao hospital de campanha da organização no oeste de Rafah, oito delas já mortas. Quase todas tinham ferimentos causados por explosão e duas foram internadas com ferimentos de bala.”
E prosseguiu: “O porta-voz adjunto da ONU, Farhan Haq, afirmou que ninguém, em nenhum lugar, deve ser obrigado a escolher entre arriscar a vida e alimentar a própria família. As autoridades israelenses deram quatro novas ordens de evacuação para zonas do norte de Gaza desde sexta-feira. A última teria sido em resposta a relatos de disparos de foguetes palestinos contra Israel. O Ocha sublinha que os civis devem ser protegidos, incluindo aqueles que fogem ou permanecem após ordens de evacuação.”