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YouTube retira mais quatro vídeos de Bolsonaro por insistir em recomendar cloroquina

Bolsonaro foi punido novamente pela sua insistência em usar o YouTube para divulgar medicamentos sem eficácia contra o Covid-19

A plataforma de vídeos do Google, o YouTube, removeu nesta última sexta-feira (23) mais quatro vídeos postados pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no seu canal por violar a novas regras que proíbem a propaganda de medicamentos sem nenhuma eficácia para combater o Covid-19. Em uma semana já foram retirados cinco vídeos do presidente. No vídeo postado por Bolsonaro no último dia 20 a remoção foi pelo mesmo motivo. Os vídeos são lives onde o presidente fala besteiras para seus apoiadores, como a recomendação de uso de hidroxicloroquina ou ivermectina para curar Covid-19.

A decisão foi adotada nesta semana, com a atualização das regras de conteúdo da plataforma. Os medicamentos têm sido recomendados mesmo sem comprovação científica da eficácia para tratar ou prevenir sintomas da doença. Até agora já foram retirados cinco vídeos de Bolsonaro no YouTube, postados pelo presidente em 9 de julho de 2020, 26 de novembro de 2020, 10 de dezembro de 2020 e 11 de fevereiro deste ano, além do vídeo decorrente de uma live feita por ele no último dia 20.

Em todos os vídeos Bolsonaro fala de medicamos sem nenhuma eficácia para o Covid-19. O YouTube reformulou a sua política de uso da plataforma n o último dia 16 onde garante que todo e qualquer vídeo, de quem quer que seja, que esteja disseminando mentiras que contrariem as orientações científicas e da Organização Mundial de Saúde (OMS) serão retirados e no lugar ficará uma tarja: “Este vídeo foi removido por violar as diretrizes da comunidade do YouTube”.

Aviso aos negacionistas

Em nota distribuída à imprensa, o YouTube deixou o seguinte aviso aos negacionistas: “Como parte de nosso trabalho contínuo para apoiar a saúde e o bem-estar da comunidade de usuários do YouTube, expandimos recentemente nossas políticas de desinformação médica sobre a Covid-19”, afirmou em nota. Além de referências diretas aos medicamentos inócuos e sem eficácia, também serão removidos vídeos que fizerem as seguintes referências escritas ou faladas: tratamento precoce.

O YouTube apenas se permite analisar por uma equipe de técnicos, antes de remover, vídeos sobre esse mesmo tema que tenham conteúdo educacional, documental, científico ou artístico. N esse caso, após uma análise criteriosa serão mantidos ou removidos. O YouTube informou que mais de 850 mil vídeos foram retirados da plataforma desde o início da atual pandemia, exatamente por violar as regras como Bolsonaro insiste em fazer.