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Lula se emociona ao dizer que caso venha ser presidente é para mudar de verdade

“Eu tenho consciência do que o povo brasileiro está passando”, diz o ex-presidente Lula

No governo Bolsonaro, além do desemprego recorde, o trabalhador perdeu direitos trabalhistas e teve o salário reduzido | Imagem: Lula

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reconheceu que não será fácil reconstruir o país, após a destruição que vem sendo feita pelo presidente de extrema direita, Jair Bolsonaro (PL). “Sou o único se for candidato e ganhar as eleições, não posso chegar lá e dizer ‘olha companheiro eu pensei que iria fazer isso, porém, entretanto. Eu não tenho que usar a palavra, porém e nem entretanto. Se eu entrar é para fazer as coisas diferentes nesse país”, afirmou.

“É isso que o povo tem expectativa. O povo quer mudanças de verdade. O povo está com esperança. O povo sabe o que é viver bem. Ninguém acostuma com coisa ruim. Você não vê ninguém sonhar, não vê ninguém ter aspiração de morar numa favela. Ninguém tem aspiração de morar numa palafita. Ninguém tem aspiração de ficar sem comer. A aspiração das pessoas é evoluir.  As pessoas não são peão de fábrica porque escolheram, é porque não tem profissão. Se tivessem, não seriam peão de fábrica”, disse o ex-presidente Lula.

Ex-presidente Lula se emociona ao falar sobre o aumento das desigualdades no Brasil sob o governo de Bolsonaro | Vídeo: Divulgação

“Temos de atender a aspiração da população”

“As pessoas estão catando material reciclado, é porque não tiveram chance de estudar para ser outra coisa. Então, nós temos que atender essa aspiração da sociedade. A aspiração de uma sociedade evoluída. Dormir razoavelmente bem. Acha que alguém tem aspiração de dormir num quartinho de dois por dois, onde ali se cozinha, ali se faz as suas necessidades fisiológicas, ali se faz sexo, com 10 ou 12 pessoas dormindo no mesmo quarto. Eu morei num quarto e cozinha com 13 pessoas. Então, eu tenho consciência do que esse povo está passando”, prosseguiu.

“Eu não posso mentir. Eu não posso ganhar aos 76 anos e dizer ‘olha gente eu ganhei e não dá para fazer as coisas’. Desculpa, eu tenho que atender ao mercado.  Eu preciso atender à Faria Lima (avenida onde fica a Bolsa de Valores). Eu preciso ter responsabilidade fiscal, E o técnico de comida?  E o teto de emprego? E o teto de salário? E o teto de saúde? Quem é que vai devolver para esse povo? Então, é esse cidadão que acaba de ficar emocionado que quer ser o presidente. E se for é para mudar”, concluiu.

“Gestão de Bolsonaro leva ao empobrecimento”

De acordo com o portal de Lula na internet, “A gestão desastrosa do governo Bolsonaro tem levado ao empobrecimento do trabalhador brasileiro. Enquanto os preços sobem desenfreadamente, os reajustes salariais, na maioria das vezes, não compensam as perdas provocadas pela alta da inflação. Significa dizer que o dinheiro do trabalhador vale menos a cada vez que ele vai ao supermercado, abastecer o carro ou mesmo buscar um momento de lazer”.

No ano passado, quase metade dos trabalhadores brasileiros (47,7%) ficou com seus reajustes abaixo da inflação, 36,6% dos salários foram reajustados no mesmo percentual e 15,8% foram corrigidos acima da variação de alta de preços. Com esse descompasso, a conta não fecha, o salário não dá.

É uma realidade bem diferente daquela vivida nos tempos Lula. Entre 2003 e 2006, primeiro governo do petista, 57,9% dos reajustes superaram o INPC, 19% igualaram e apenas 23,1% ficaram abaixo da variação do índice. No segundo governo do ex-presidente, entre 2007 e 2010, o desempenho foi ainda melhor: 82,9% dos reajustes foram acima da variação do índice de inflação, 9,9% foram iguais e apenas 7,2% ficaram abaixo.

O verificado nos anos seguintes da presidenta Dilma confirma a gestão cuidadosa dos governos petistas com os interesses do trabalhador. Entre 2011 e 2015, 81,4% dos reajustes ficaram acima do INPC, 11,5% foram iguais e 7% ficaram abaixo do índice.

Entre 2016 e 2018, último ano do governo Dilma, pré-golpe, e período do governo Temer, houve redução com relação ao período petista, mas os reajustes acima da inflação ainda eram maioria: 51,5% dos reajustes ficaram acima do INPC, 30% foram em valores iguais ao INPC e 18,6% foram abaixo do INPC.