A pesquisa ainda apurou quem o brasileiro vê como responsável pelos preços abusivos nos combustíveis. Depois da Petrobras, Bolsonaro aparece como sendo o culpado
A terceira rodada de maio da pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) mostra estabilidade no cenário da corrida presidencial. Tanto Lula quanto Jair Bolsonaro repetiram a pontuação do levantamento da semana anterior — o petista à frente com 44%, seguido pelo presidente com 32%. Na sequência aparecem Ciro Gomes, que alcançou os mesmos 8% da última leitura, e João Doria, que oscilou de 3% para 4%. André Janones e Simone Tebet mantiveram 2% cada, e o restante não pontuou. Indecisos, brancos e nulos somaram 8%, o menor percentual desde setembro do ano passado.
A estabilidade na pontuação de Bolsonaro aparece depois de uma sequência de levantamentos em que o presidente registrava tendência de alta que se estendia desde janeiro deste ano. Foram realizadas 1.000 entrevistas de abrangência nacional, nos dias 16, 17 e 18 de maio. A pesquisa está registrada no TSE sob o número BR-08011/2022. A margem de erro máxima é de 3,2 pontos percentuais.
Também houve estabilidade na aprovação ao governo. Os que consideram a administração boa ou ótima se mantiveram em 32%. A avaliação negativa, no entanto, oscilou um ponto para cima, indo a 52%. Na pesquisa espontânea, Lula e Bolsonaro mantiveram as pontuações da semana anterior: 39% e 29%, respectivamente. No cenário de segundo turno, ambos oscilaram um ponto para menos, mantendo a diferença em 19 pontos em favor do petista, agora com o placar se 53% a 34%.
Responsabilização pelo aumento no preço de Combustíveis
A pesquisa questionou os entrevistados sobre o aumento do preço dos combustíveis. A Petrobras foi das alternativas apresentadas a que mais eleitores atribuem “muita responsabilidade” pelas altas recentes: 64%. Na sequência aparece o presidente Jair Bolsonaro, que tem muita responsabilidade para 45% — 5 pontos a mais que os governadores e 8 pontos a mais que os governos anteriores de Lula e Dilma.
Com relação à privatização da Petrobras, a pesquisa ouviu a opinião dos brasileiros. Petrobras: O levantamento mostra ainda que, na semana seguinte ao pedido de inclusão da Petrobras no programa de desestatização do governo, 49% da população se diz contrária à privatização da companhia, contra 38% favoráveis. Para 44%, os preços dos combustíveis aumentariam ainda mais no caso da privatização da empresa. Leia a íntegra da pesquisa em arquivo PDF:
PESQUISA-IPESPE-AVALIAÇÃO-PRESIDENCIAL-E-ELEIÇÃO-2022_-MAI-2022-3a-SEMANA