Segundo a imprensa paulista, o corte do dinheiro para programas vitais para a vida de milhares de pessoas no Brasil, é apenas para dar o dinheiro para que seus aliados políticos possam usufruir dos recursos públicos através do Orçamento secreto
O atual presidente Jair Bolsonaro (PL) mantém a sua forma desumana e até criminosa de enfrentar graves problemas de saúde pública, mesmo durante o período eleitoral, onde tenta se reeleger para um novo mandato de quatro anos e manter o seu governo de extrema-direita. A sua maldade mais recente ocorreu na primeira semana deste mês, oito dias após o primeiro turno das eleições presidenciais. Foi quando o seu Ministério da Saúde promoveu um corte de 12 programadas da Pasta, no montante de R$ 3,3 bilhões e, propositalmente, promoveu a redução na oferta na distribuição de medicamentos para tratamento de Aids, infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) e hepatites virais.
O jornal Estado de São Paulo acrescentou que a mais nova perversidade do atual presidente de extrema-direita, é retirar esses recursos na saúde, para passar para o bolso dos políticos de sua base de apoio, através do orçamento secreto. A farra dos políticos, que usam o dinheiro essencial para a manutenção da vida de milhares de pessoas, como os que dependem dos medicamentos de combate ao HIV, é apenas para a promoção pessoal e eleitoreira de políticos que dão sustentação ao atual governo Bolsonaro.
Manifestação contra o retrocesso do atual governo federal
No final da última semana e de acordo com o que foi noticiado pela imprensa paulista e destacado pelo portal G1, pacientes com HIV/Aids, ativistas e representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs) promoveram m um protesto no Centro da cidade de São Paulo (SP), contra a diminuição dos investimentos na saúde pública pelo atual governo. A medida afeta a política de controle da Aids no Brasil para o ano que vem.
Pelo orçamento apresentado para 2023, o Ministério da Saúde terá R$ 407 milhões a menos para investir em prevenção, controle e tratamento de HIV/aids, infecções sexualmente transmissíveis e hepatites virais. Na manifestação, as entidades participantes divulgaram um manifesto onde garantem que a mais recente perversidade de Bolsonaro deverá ter como consequência o “aumento da epidemia no país por conta dos progressivos sucateamentos do Sistema Único de Saúde (SUS) e da política específica para HIV”.
“Somos 1 milhão de pessoas vivendo com HIV/Aids e dizemos não ao retrocesso e a essa política de morte proposta pelo atual governo. A Aids continua sendo um grave problema de saúde pública. A cada hora, 5 pessoas foram infectadas pelo HIV no Brasil em 2021, segundo dados do Unaids (Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids)”, informava o texto do manifesto.
A maldade ainda contempla cortes no programa Farmácia Popular
O manifesto ainda dizia que “Haverá cortes em vários outros programas, incluindo a Farmácia Popular! Pessoas com hipertensão, diabetes e asma terão que pagar muito mais pelo acesso aos seus remédios, que necessitam usar diariamente. Isto afeta diretamente o SUS (Sistema Único de Saúde), que foi estabelecido pela democracia em 1988. E nós, pessoas vivendo com HIV/Aids, corremos o risco de ter o nosso tratamento descontinuado, resultando na perda de saúde”, acrescentou o documento.
Veja os recursos que Bolsonaro tirou na saúde, para passar o dinheiro para o Orçamento secreto:
1) Implementação de Políticas de Promoção à Saúde e Atenção a Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – R$ 3,8 milhões
2) Programa Médicos pelo Brasil – R$ 366 milhões
3) Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação em Saúde – R$ 297 milhões
4) Alimentação e Nutrição para a Saúde – R$ 43 milhões
5) Educação e Formação em Saúde – R$ 76 milhões
6) Pró-Residência Médica e em Área Multiprofissional – R$ 922 milhões
7) Sistemas de Tecnologia de Informação e Comunicação para a Saúde (e-Saúde) – R$ 206 milhões
8) Implantação e Funcionamento da Saúde Digital e Telessaúde no SUS – R$ 26 milhões