Moradores da região de Mangarai, distrito de Santa Leopoldina, no interior do Espírito Santo, estão denunciando proprietários de abatedouros clandestinos. Além do perigo da comercialização da carne bovina e suína sem a fiscalização dos órgãos do Governo, os restos de abates, está inviabilizando usar a água dos afluentes do Rio Mangarai.
Evitando dar nomes, com receio de represálias e até de violências, os proprietários rurais afirmam que mesmo tendo o rio atravessando as suas propriedades, estão sendo obrigados a comprar água mineral. Há fezes de porcos e até medicamentos contra carrapatos jogados no rio.
Devido a forte poluição, não há mais peixes e nem camarão nos córregos que formam os afluentes do Rio Mangarai. Este último desemboca no Rio Santa Maria da Vitória, que deságua na Baía de Vitória.
Polícia Ambiental
O Batalhão da Polícia Militar Ambiental (BPMA) informou que tem feito ações em Santa Leopoldina, quando é acionado por denúncias. As pessoas devem ligar para o número 190 e formular a sua denuncia.
Foi com base em denúncias, informou o BPMA, que no último dia 29 de janeiro policiais da 1ª Companhia do BPMA se deslocaram à localidade de Mangaraí, zona rural do município de Santa Leopoldina, com a finalidade de averiguar uma denúncia de poluição.
Durante a fiscalização, foi encontrado um abatedouro de animal bovino que funcionava de forma irregular, onde os dejetos dos animais eram lançados diretamente ao curso hídrico que atravessa a propriedade, vindo a poluir o rio que, no decorrer do seu curso, fornece a água para a população local.
A Polícia Militar informou que toda a documentação produzida pelo BPMA foi encaminhada para os órgãos ambientais competentes, podendo os responsáveis responder por crime ambiental com pena de detenção, multa ou ambas as penas cumulativamente.