A comercialização do álcool líquido 70 graus Gay-Lussac (70º GL), também denominado 70º INPM (sigla do Instituto Nacional de Pesos e Medidas), voltou a ser liberado por um curto prazo pela Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). O álcool 70, como é conhecido, possui 70% de álcool e 30¨% de água tinha sido proibido de ser vendido desde o último dia 30 de abril. Agora pode ser vendido até 31 de agosto.
Em nota, a Anvisa informa o que motivou a volta do comércio desse produto por um prazo curto. Segundo a Agência é “mais uma ação excepcional para auxiliar no enfrentamento das enchentes no Estado do Rio Grande do Sul. A medida, temporária e emergencial, tem como objetivo mitigar os desafios de saúde decorrentes desses eventos climáticos.”
No entanto, a Anvisa não informa se haverá interesse dos fabricantes e dos comerciantes em voltar a produzir o álcool 70%, já que a cadeia de produção tem um processo demorado até chegar ao consumidor final. Após a fabricação o produto vai para o estoque aguardar os pedidos de compra do atacadista, o transporte, e a revenda desse atravessador para os comerciantes. A proibição foi noticiada pelo Grafitti News e pode ser revista clicando neste link.
Reconhecimento
Reconhecendo que o prazo é curto, a própria Anvisa anunciou em sua nota que “a comercialização desses produtos será permitida até 90 dias após o término da vigência da Resolução.” Ou seja, pode ser vendido ao consumidor final até o final novembro.
“Essa iniciativa visa facilitar o acesso da população a esse importante produto, que é uma ferramenta eficaz na prevenção da proliferação de microrganismos prejudiciais à saúde. É especialmente relevante neste momento, em que as pessoas podem não ter acesso a métodos adequados de limpeza, higienização de objetos, antissepsia das mãos e outras ações fundamentais para evitar doenças relacionadas a situações de enchentes”, diz a Anvisa.
Consumidor é ludibriado com álcool de baixa concentração
Após terminar o período de álcool de 70%, volta a vigorar a proibição de venda de álcool acima de 54º GL, sob o argumento que a maior concentração de álcool líquido provoca riscos de acidentes domésticos. Assim, o consumidor passa a ser ludibriado, já que o álcool 54º GL contém 46% de água.
E os inferiores, como o de 46º GL faz com que o consumidor, ao comprar um litro de “álcool”, na verdade está comprando uma embalagem com 54% de água e 46º de álcool. Ao colocar esse produto sobre o carvão de uma churrasqueira, vai se decepcionar porque nem chega a pegar fogo, já que água não é inflamável.
Serviço:
Leia a íntegra da Resolução da Anvisa RDC 865/2024, clicando neste link.